Um evento solene homenageou os 60 anos de fundação da Maternidade Odete Valadares (MOV), comemorados ontem, dia 24. Na mesa do ato estiveram o presidente da Fhemig, Jorge Raimundo Nahas; o vice-presidente da Fhemig, Paulo Tarcísio Pinheiro da Silva; o diretor da MOV, Francisco José Machado Viana; a gerente assistencial da MOV, Iara Chaves, e o médico Eribaldo de Souza Santana, que foi homenageado pelos serviços prestados à MOV. Também presentes ex-diretores e gerentes e servidores da MOV e das outras unidades da Fundação.
Em sua fala, o presidente da Fhemig, Jorge Nahas, discorreu sobre a importância da data e ressaltou a relevância da Maternidade em todo o Estado – fruto de um trabalho coletivo coeso e potente. “Temos a responsabilidade de preservar e manter esse legado de tradição da Maternidade Odete Valadares intacto para entregarmos às próximas gerações. O carinho dos servidores pela instituição reflete a potência e entrega deste coletivo. E o Eribaldo personifica esse ideal de medicina e de dedicação à profissão. Um orgulho para toda a classe”, disse.
O vice-presidente da Fhemig, Paulo Tarcísio Pinheiro da Silva – que já trabalhou na Maternidade como ginecologista e obstetra – falou sobre o tempo em que atuou ao lado de Eribaldo. “É uma grande satisfação estar aqui hoje por dois motivos: comemorar os 60 anos da MOV e homenagear o nosso grande mestre, Dr. Eribaldo. Tive o privilégio de ter finalizado a minha residência médica e permanecido por mais 12 anos dando plantão, às sextas-feiras, ao lado dele. Agradeço muito pelo aprendizado que tive com ele não só do ponto de vista obstétrico, mas também de ética, respeito às pessoas e compromisso”, afirmou. “Dizem que a águia, aos 60 anos, faz o voo de renascimento. Estou certo de que a MOV está iniciando hoje seu voo de renascimento, de redescoberta, de definição de seu papel e missão. E isso só será possível se nós trabalharmos juntos, acreditando na Maternidade”, concluiu.
O diretor da MOV, Francisco Viana, traçou um panorama do cenário histórico da ocasião de fundação da MOV. “Não foi uma simples decisão governamental que levou o Estado Brasileiro a construir, em 1955, uma instituição para atender mulheres. Nos anos de 1950, em todo o mundo e também no Brasil, começaram os movimentos de reivindicação das mulheres por direitos civis, liberdade feminina e sexual”, ponderou. “O ‘Odete’ sempre foi à frente do seu tempo: referência para o alto risco, não se esquivou da tarefa de transmitir os conhecimentos da ginecologia e obstetrícia. O corpo clínico corajoso investiu em projetos diferenciados, como o Banco de Leite Humano e a Metodologia Canguru e contribuiu, de forma inegável, na formação dos principais médicos ginecologistas e obstetras de Minas Gerais”, disse.
Durante a solenidade, a gerente assistencial, Iara Chaves, entregou uma placa de homenagem a Eribaldo Santana de Souza. Visivelmente emocionado, o médico aposentado fez questão de estender a todos os servidores da MOV o tributo recebido. “Dediquei 37 anos a esta casa e sei que o trabalho de cada servidor é fundamental para o bom funcionamento do hospital. Essa placa não é só minha, mas de toda a equipe que se dedicou à Maternidade. Agradeço à direção da Fhemig e da MOV por essa homenagem”, afirmou.
Na sequência, os presentes foram convidados a se dirigir ao Centro Obstétrico da Maternidade, que recebeu o nome do médico homenageado. Na ocasião, houve o descerramento da nova placa.
Durante todo o dia, a Maternidade Odete Valadares promoveu uma série de atividades para celebrar seu aniversário de 60 anos. A unidade recebeu uma decoração festiva para a data. Apresentações musicais diversas também animaram o dia. Às 7h, os sargentos Tiago Barbosa Guimarães e André Taciano Ferreira - integrantes da Orquestra Sinfônica da Política Militar de Minas Gerais - percorreram os setores da Maternidade tocando flauta e violino. Ainda pela manhã, a residente Caroline Reis Gonçalves também apresentou-se tocando flauta.
O almoço contou com um cardápio especial e mais apresentação musical. Dessa vez, com os servidores Romeu Moreira Cosenza, no vocal, e Daniel Reis da Silva, ao violão, acompanhados pela flauta da médica Caroline Reis. Por fim, uma exposição de fotos da Maternidade, no 1º andar, integrou a programação festiva dos 60 anos da MOV.