Hospital Eduardo de Menezes lembra o Dia Mundial de Combate à Aids

aidsNesta sexta-feira, 30.11, o Hospital Eduardo de Menezes (HEM) antecipou a programação do Dia Mundial de Combate à Aids, que acontece no sábado. O hospital, da Rede Fhemig, é referência estadual no tratamento desta doença, respondendo pelo atendimento de 26% dos casos em Minas Gerais. A assistência abrange os atendimentos ambulatoriais, a internação, o hospital-dia e o atendimento domiciliar, realizada por uma equipe multidisciplinar.


Referência em doenças infectocontagiosas


O Hospital Eduardo de Menezes era antigo sanatório especializado no tratamento de pacientes com tuberculose que foi se tornando, aos poucos, uma referência no Estado em doenças infectocontagiosas. Mas um fato efetivou definitivamente esta vocação: em 1988, foi internado o primeiro paciente portador de HIV, numa época carente de informações e repleta de preconceitos.

A nova demanda envolveu toda uma reestruturação física e profissional na unidade. O Hospital Eduardo de Menezes assumiu esse serviço, disponibilizando inicialmente 14 leitos para esses pacientes. O pioneirismo e a qualidade dos serviços o tornaram referência.

O hospital oferece todos os níveis de atenção ao paciente com HIV/Aids, desde os atendimentos ambulatoriais até um CTI especializado. A excelência se firmou nos atendimentos das doenças infectocontagiosas, ao lado da dermatologia sanitária, outro serviço de destaque no HEM. A infectologia é também referência em Minas Gerais para tratamento de meningites, doenças sexualmente transmissíveis (DST) e hepatites virais.

Programação no HEM

30/11/2012 no Auditório do HEM

14h – Abertura
14h10 – Palestra com Myriam Gontijo
15h – Apresentação da Orquestra da Vallorec Mannesmann
16h – Missa celebrada pelo Bispo Luiz Gonzaga

Dados epidemiológicos do Ministério da Saúde

A taxa de incidência de aids no Brasil tem se mantido nos mesmos patamares, nos anos recentes, embora apresente diferenças regionais. Esses e outros dados epidemiológicos da aids serão destaques do Boletim Epidemiológico que será lançado no dia 1º de dezembro, com números atualizados até junho de 2012.  Os dados apontam que a taxa de incidência da aids no Brasil, em 2011, foi de 20,2 por 100.000 habitantes. Nesse ano, foram registrados 38,8 mil casos novos da doença. O maior volume de casos continua concentrado nos grandes centros urbanos.

A região Sudeste apresenta redução nas taxas de incidência de aids de 27,5 casos (para cada 100 mil) -  em 2002 - para 21,0 em 2011.  Nas regiões Sul, Norte e Nordeste, há leve tendência de aumento. O Centro-Oeste apresenta comportamento similar ao Brasil, ou seja, a epidemia continua no mesmo patamar.

A taxa de prevalência (percentual de pessoas infectadas pelo HIV), em 2010, foi estimada em 0,42%. Em relação à mortalidade por aids, o país apresentou média de 11.300 óbitos por ano na última década. O coeficiente de mortalidade padronizado (número de óbitos para cada 100 mil habitantes utilizando-se uma população padrão) vem apresentando queda.

Enquanto em 2000, era de 6,3, em 2011 o número registrado foi 5,6, o que representa redução de 12%. O diagnóstico precoce seguido do acesso, em tempo oportuno, à terapia antirretroviral explica a queda de óbitos em decorrência da aids.

Das 530 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil atualmente, 135 mil desconhecem sua situação e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente.

O Brasil é referência mundial no enfrentamento ao HIV/Aids. Há 16 anos, o SUS garante acesso universal a todos os medicamentos necessários para o combate ao vírus HIV, além de exames e acompanhamento médico, que beneficiam 217 mil brasileiros. Além disso, o SUS oferece tratamento antirretroviral a 97% dos brasileiros diagnosticados com Aids.