AIDS: Fhemig promove ações educativas

 

Hospital Eduardo de Menezes, da Rede Fhemig, realiza atividades de conscientização no Dia Mundial de Luta Contra Aids

 

Na passagem do Dia Mundial de Luta Contra Aids 1º de dezembro, o Hospital Eduardo de Menezes (HEM), da Rede Fhemig, referência estadual no tratamento da doença, realiza várias atividades de conscientização junto à comunidade e de integração dos pacientes atendidos pela unidade. O hospital responde pelo atendimento de 26% dos casos da doença em Minas e têm pacientes já com mais de 20 anos de acompanhamento.       
As atividades no HEM tiveram início às 10 horas com uma roda de conversa sobre AIDS para alunos das escolas públicas do entorno do hospital, localizado no bairro Bonsucesso. O debate com os adolescentes, que  é conduzido pela psicóloga Myriam Gontijo, aborda temas relacionados à sexualidade, transmissão da doença, prevenção, preconceito além do esclarecimento de dúvidas.

Já à tarde, a partir das 14 horas, será apresentada uma peça nos moldes do “Teatro do Oprimido”, desenvolvido a partir de oficinas realizadas com funcionários e pacientes do hospital, tendo com foco a humanização das ações cotidianas. Em seguida haverá uma apresentação do transformista e humorista Carlinhos Brasil.

No decorrer do dia também serão apresentados vídeos informativos e com depoimentos de portadores do HIV. Será promovido ainda um bazar com peças de artesanato, tapetes, bijouterias e artigos de papel reciclado entre outros objetos. Participam do bazar quatro ONGs de apoio aos portadores da doença: GAPA, VHIVER SEMPRE VHIVER, Solidariedade e Projeto Minha Casa.
 
Além das atividades no hospital, a FHEMIG vai marcar a passagem do Dia Mundial de Luta Contra AIDS com a distribuição de preservativos e folders, das 13h às 15h, na área hospitalar, localizada na região do bairro Santa Efigênia.
 
HEM - referência estadual e atendimento multidisciplinar
Atualmente, o Hospital Eduardo de Menezes presta atendimento ambulatorial a cerca de 2.500 pacientes infectados pelo HIV. Além deste atendimento e da internação, o hospital oferece o atendimento domiciliar terapêutico.

Esta assistência é feita por uma equipe multidisciplinar com médicos, fisioterapeutas, psicólogo, assistente social, enfermeiro e técnico de enfermagem. Há ainda o atendimento em regime de hospital-dia para os que usam medicamentos injetáveis ou de avaliações médicas ou laboratoriais mais freqüentes.

“O paciente é cuidado por uma equipe especializada e que está pronta para garantir não só a qualidade técnica de seus serviços como em oferecer, prontamente, um grupo de profissionais altamente capacitados e qualificados para atuar da melhor maneira no tratamento e recuperação de quem nos procura”, destaca o diretor da unidade, Paulo Sérgio Dias Araújo.

A médica Tânia Marcial, Gerente Assistencial da unidade e que desde os anos 80 atende portadores do vírus, destaca os avanços no tratamento nas últimas décadas. Mudanças que hoje permitem ao portador levar uma vida normal, dentro dos limites de qualquer doença. Ela destaca a importância do indivíduo na continuidade ao tratamento. A médica observa que antes eles eram atendidos sem perspectiva de sobrevida, muitas vezes, o objetivo era apenas reduzir o sofrimento do paciente.

“Hoje, estamos mais voltados para a qualidade de vida que ele pode ter. Um dos grandes problemas do tratamento ainda são os efeitos adversos dos medicamentos e trabalhamos no sentido de minimizá-los“. Outra grande preocupação, segundo Dra Tânia, “é a adesão do paciente ao tratamento que ainda é abaixo do que desejarí¬amos e o desafio constante é convencê-lo a cooperar,” reforça.

Números

De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, cerca de 630 mil pessoas são portadoras do HIV no Brasil. Desde o início do diagnóstico da doença foram registradas 217.091 mortes em decorrência da AIDS. Por ano, são notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos da doença no País.

Dos casos de AIDS acumulados de 1980 até junho de 2009, a região Sudeste é a que tem o maior percentual (59%) do total de notificações. O Sul concentra 19% dos casos, o Nordeste, 12%, o Centro-Oeste, 6%, e a região Norte, 3,9%. Dos 5.564 municípios brasileiros, 87,5% registram pelo menos um caso da doença.

Serviços relacionados à esta matéria:

Atendimento ambulatorial a pacientes com Aids/HIV

 Atendimento domiciliar terapêutico a pacientes com HIV/ Aids

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