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Última atualização em Quinta, 02 Dezembro 2010 16:26
Fotos: Adair Gomez
A fonoaudióloga da
Maternidade Odete Valadares (MOV) Ludmila Fazito participou do XXXth International Congress of Audiology (Trigésimo Congresso Internacional de Audiologia) e 25° Encontro Mundial de Audiologia nos dias 28 de março a 1º de abril., em São Paulo.
Ela é responsável técnica do Programa de Triagem Auditiva Neonatal da unidade, que realiza avaliação audiológica em recém-nascidos com objetivo de detectar precocemente os problemas auditivos da infância.
Ludmila Fazito apresentou o trabalho: Hearing screening of the Maternity Odete Valadares (Triagem Auditiva da Maternidade Odete Valadares: indices of quality and descriptive analysis of 1761 evaluated children of May to November of 2009/ Índices de qualidade e análise descritiva de 1761 crianças avaliadas entre maio e novembro de 2009).

No evento, Ludmila Fazito foi convidada pelo Grupo de Apoio a Triagem Auditiva Neonatal (GATANU) para ser a fonoaudióloga coordenadora do Estado junto ao grupo. O GATANU foi criado em 1o de maio de 1998 e tem como objetivo aumentar a consciência coletiva para o problema da surdez infantil no Brasil, divulgar a necessidade da realização da triagem auditiva, incentivar o aprimoramento das técnicas de triagem, entre outros.
Triagem auditiva é feita desde 2003
A MOV realiza a triagem auditiva desde 2003 – antes disso o exame só era realizado nos bebês de alto risco que permaneciam internados. Em 2007, o hospital passou a realizar a triagem universal como um dos Serviços de Referência em Triagem Auditiva do Estado. A partir de setembro de 2009 a prefeitura de BH regulou a atuação destes serviços, que passaram a receber exames agendados pelas Unidades Básicas de Saúde.

"Hoje realizamos exames em bebês de diversas maternidades, inclusive particulares. Apenas as crianças de alto risco internadas realizam a triagem antes da alta hospitalar", informa Ludmila. A maternidade atende em torno de 250 a 300 crianças por mês. De maio até novembro de 2009, 1700 crianças foram triadas.
A avaliação audiológica em recém-nascidos é o único meio de se diagnosticar os problemas de surdez ao nascimento e proporciona à criança surda a possibilidade de desenvolver a fala e a linguagem igual a uma criança ouvinte, se diagnosticada precocemente. "A triagem pode ser realizado em qualquer idade, mas o recomendado seria até os 30 dias de vida, pois quanto mais cedo se chegar ao diagnóstico melhor o prognóstico para o desenvolvimento da fala e da linguagem da criança surda", explica Ludmila Fazito. "O exame detecta desde perdas leves a profundas. Também é possível identificar perdas condutivas (alterações da orelha média) e perdas neurossensoriais (alterações dos órgãos sensoriais da audição)", acrescenta a fonoaudióloga.