Vereadores e usuários elogiam atendimento e estrutura do HAC

 

Partindo de uma denúncia encaminhada por um acompanhante, que apontou descaso e omissão por parte da instituição no atendimento de um paciente, a Comissão de Saúde e Saneamento realizou na manhã desta terça-feira (11/4) uma visita técnica ao pronto-socorro do Hospital Alberto Cavalcanti, na Região Noroeste da capital, com a finalidade de avaliar as condições do local e ouvir os usuários. Satisfeitos com o que viram e ouviram, os vereadores elogiaram a estrutura disponível, os serviços prestados e a dedicação dos profissionais da unidade.

 

 

Durante a visita técnica, os parlamentares vistoriaram todas as instalações do hospital, da sala de espera ao centro cirúrgico, passando pelas salas de observação, de medicação e de emergência, salas de exames, além do espaço exclusivo para tratamentos de câncer, como radio e quimioterapia. Em todos os locais, foi constatada uma certa limitação de espaço e de número de leitos. A coordenação do setor de emergência e a gerência assistencial informaram que, apesar da limitação da capacidade “oficial” das salas de observação (nove leitos) e de medicação (15 leitos), o hospital é capaz de atender com qualidade e responsabilidade até 40 pessoas, com a disponibilização de macas nos corredores internos do setor, para o qual já está prevista a ampliação do espaço físico.

O Centro de Tratamento Intensivo ou CTI, que acolhe pacientes de urgência ou de pós-operatório que necessitem de entubamento respiratório e outros aparelhos de monitoração 24 horas, dispõe hoje de seis leitos, enquanto a Sala de Emergência, destinada a pacientes já estabilizados, conta com cinco. De acordo com os profissionais, a equipe vem “batalhando” para alcançar dez leitos em cada uma delas já que, segundo eles, a estrutura, os recursos humanos e os equipamentos disponíveis hoje já seriam suficientes para atender à ampliação prevista.

A presença de apenas um aparelho de endoscopia e um de colonoscopia foi lamentada pela gerência assistencial, que apontou a demora nos reparos e na reposição dos equipamentos como um obstáculo à plena oferta dos serviços.

Usuários satisfeitos

Perguntados sobre suas impressões e experiências vividas no hospital, diversos usuários abordados declararam-se satisfeitos ou muito satisfeitos com o atendimento recebido e com os serviços utilizados, elogiando a estrutura e a dedicação dos médicos e demais profissionais. Retornando para troca de curativo após uma cirurgia de hérnia, a dona de casa Celina Alves de Souza classificou como “excelente” o atendimento recebido, a limpeza do ambiente e a dedicação dos médicos e enfermeiros. “Não tenho nada, nada a reclamar”, elogiou a idosa.

Os usuários Laurindo Fernandes e José Messias, ambos aposentados, também elogiaram a qualidade e a agilidade do atendimento. Segundo Laurindo, que reside em Ponte Nova, em apenas um dia de comparecimento ao hospital foram realizados todos os exames de que ele necessitava, além de ter sido muito bem tratado por toda a equipe.

Com relação ao espaço físico destinado aos pacientes que aguardam atendimento, o vereador Veré da Farmácia (PSDC) sugeriu a troca das cadeiras pequenas e desconfortáveis por modelos mais adequados, garantindo o conforto de pessoas de todas as idades e tipos físicos. A denúncia referente a descaso e ausência de profissionais na recepção mostrou-se improcedente, segundo o parlamentar.

Tratamento de câncer

O gerente assistencial Adriano Pivoto destacou o setor de Oncologia - especialidade que estuda e trata o câncer – como o principal destaque e diferencial da instituição, única do SUS credenciada no Estado para esse tipo de tratamento, constituindo uma referência na qualificação de profissionais e na oferta dos procedimentos de quimio e radioterapia à população de Belo Horizonte e outras cidades mineiras. Segundo ele, os pacientes oncológicos são encaminhados por meio de uma Comissão Municipal de Oncologia, subordinada à prefeitura, que realiza a triagem e os distribui entre as unidades que realizam o tratamento na capital.

Questionado pelos vereadores, o gerente informou que o setor, “orgulho” da instituição, possui uma sala exclusiva para a realização desses tratamentos, equipada com 12 poltronas e dois leitos, prestando em média de 1.200 a 2.300 horas de atendimento por mês. Segundo ele, os esforços atuais da equipe nas áreas de planejamento e organização permitirão a otimização dos processos e a ampliação da capacidade de atendimento, atingindo em breve a meta de 12.000 horas/mês.

Impressão positiva

De acordo com o requerente da atividade, vereador Márcio Almeida (PSD), e o vereador Veré da Farmácia, depois da visita técnica e das conversas com usuários e funcionários, foi possível constatar que a denúncia encaminhada é infundada, definindo o ocorrido como um episódio pontual e, provavelmente, originado por algum mal entendido, já que não corresponde à impressão positiva e à realidade observada pelos parlamentares.

A visita ao Alberto Cavalcanti integrará a série de vistorias que a Comissão de Saúde e Saneamento vem realizando, desde o início do ano, em centros de saúde, hospitais e unidades de pronto atendimento da capital. Ao final, as observações, informações e denúncias colhidas junto a funcionários e usuários comporão um relatório a ser encaminhado à prefeitura, aos órgãos pertinentes do estado e à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, no caso dos equipamentos estaduais.

A instituição

Atendendo exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e integrante da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), o Alberto Cavalcanti é um hospital geral de porte médio e oferece atendimento de urgências em clínica médica, traumas ortopédicos em vítimas de acidentes e emergências pediátricas, além de atendimento médico especializado a pacientes com câncer e tratamentos para adultos que necessitam de cuidados intensivos e intermediários. Segundo informações do hospital, são atendidos hoje cerca de 3.000 emergências por mês e, apesar do momento difícil das finanças do Estado, não foi registrada até o momento a falta de medicamentos e de insumos, observada nas unidades municipais.

Fonte: Superintendência de Comunicação Institucional/Câmara Municipal de Belo Horizonte

Nota/ACS-Fhemig

De acordo com o gerente assistencial do Hospital Alberto Cavalcanti (referência estadual no tratamento do câncer), Adriano Pivoto, a Unidade de Quimioterapia do hospital (UQT) trabalha com a perspectiva de um aumento gradativo de sua capacidade de assistência, de modo a ampliar a média atual de 1.200 horas de atendimento por mês para 2.000 horas de atendimento mensal.