Foto: Rosemeire Carvalho
Voluntários atendem com carinho aos pedidos dos pacientes
A Associação Pró-Saúde e Vida de BH, mais conhecida como Mãos Amigas, formada por voluntários que atuam no Hospital Júlia Kubitscheck, da Rede Fhemig, completou ontem, 30/04, 18 anos. A Mãos Amigas teve como uma de suas fundadoras a médica Sarah Costa Campos, uma das pioneiras do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do HJK, que permanece até hoje na direção da associação. Depois de aposentar-se em 1994, ela continuou atendendo, como voluntária, às adolescentes grávidas do hospital.
Organizada em 1995, a associação nasceu com o objetivo inicial de ampliar as dependências do prédio do ambulatório de pré-natal, que passou de 150 para 450m. A Fhemig forneceu a mão de obra e a associação fez o projeto e comprou o material, com recursos oriundos das contribuições dos associados (todos voluntários) e da renda obtida com a promoção de eventos beneficentes. A entidade já foi homenageada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte, pelos relevantes serviços prestados à sociedade.
Zélia Maria do Carmo Silva fazia parte do Conselho de Saúde do hospital e conta como tudo começou. “Começamos a ver as necessidades dos pacientes e iniciamos o trabalho”, lembra. Desde então, a associação presta assistência social aos pacientes carentes, fornecendo-lhes cestas básicas, enxovais de bebê e artigos de higiene pessoal, entre outros diversos artigos que recebe em doações. As voluntárias confeccionam sacolas de TNT para embalar os enxovais, que são doados às gestantes carentes que dão à luz na maternidade do HJK.
Organização
Os pedidos são mediados pelo Serviço Social do hospital, para manter a organização. Além do apoio material, os voluntários também fazem cortes de cabelo, visitam os pacientes que não contam com a presença da família e oferecem “uma palavra amiga”. Entre os pedidos de doações há itens incomuns, como uma balança para pesar cadeirantes, para ser usada no Serviço de Distrofia Muscular.
A entidade recebe apoio de outras organizações, como a Amai, associação de mulheres que fazem fraldas descartáveis e Sementes de Luz, grupo de jovens que doam enxovais, entre várias outras parceiras. Outra fonte de renda é o bazar, realizado uma vez por mês para arrecadar fundos. Quando perguntamos para a drª Sarah se dá para atender a todos os pedidos, a resposta dela é imediata: “A gente faz o impossível virar possível”.