Campanha de vacinação contra a gripe é prorrogada até 1º de junho

Campanha de vacinação contra a gripe é prorrogada
Foto: André Brant/SES-MG

O Ministério da Saúde prorrogou até 1º de junho a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A imunização começou no último dia 5 e estava prevista para terminar amanhã (25). Até a manhã de hoje (24), 15,8 milhões de pessoas haviam sido vacinadas, o que representa apenas 52,4% do público-alvo.

A meta do governo é imunizar 24,1 milhões de pessoas com mais de 60 anos, crianças entre seis meses e menores de dois anos, gestantes, trabalhadores de saúde e indígenas, totalizando 80% do público-alvo.

A melhor adesão à campanha, no momento, é entre as crianças, com um percentual de cobertura de 59,4% (quase 2,6 milhões). Na sequência, aparece 1,3 milhão de trabalhadores de saúde (54,3%), mais de 10,7 milhões de idosos (52%), pouco mais de um milhão de gestantes (47,5%) e 586,6 mil índios (40,4%).

A escolha dos chamados grupos prioritários é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São priorizadas pessoas mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. De acordo com o ministério, ao vacinar os grupos prioritários, quebra-se a cadeia de transmissão do vírus para a população em geral.

A pasta reforçou que a dose – oferecida gratuitamente em 34 mil postos de saúde espalhados pelo país – é segura e protege contra os três vírus que mais circularam no Hemisfério Sul em 2011 – inclusive o Influenza H1N1.

Segundo o ministério, estudos demonstram que a vacinação contra a gripe pode reduzir entre 32% a 45% o número de internações por pneumonias e entre 39% e 75% a mortalidade global. Entre os residentes em lares de idosos, a imunização reduz o risco de pneumonia em cerca de 60%, e o risco global de hospitalização e morte, de 50% a 68%, respectivamente.

Situação em Minas

Em Minas Gerais já foram aplicadas 1.948.455 doses, atingindo assim a cobertura de 64,11%, que no mesmo período em 2011 foi de 81,33%.

Idosos

As infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas à população com 60 anos e mais, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dessas infecções. Desde 1999, a vacinação de idosos vem contribuindo para prevenir a doença e suas complicações, além de causar impacto considerável: queda de 45% no número de hospitalizações por pneumonias e redução de 60% na mortalidade entre os residentes em casas de repousos e/ou asilos.

Gestantes

Não há nenhuma contraindicação à vacinação de gestantes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina é segura e está indicada para todas as grávidas, independentemente do período de gestação. Em caso de dúvida, é recomendado consultar o médico.

Além disso, não há evidências científicas de que a vacina possa causar dano ao feto, afetar a capacidade reprodutiva da mulher ou provocar aborto. Durante a pandemia de gripe A (H1N1), em 2009, as grávidas foram um dos grupos mais afetados. Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram quadros graves de doença respiratória causada pelo vírus H1N1, 22% eram gestantes.

Crianças de seis meses a menores de dois anos

Menores de seis meses de idade não devem tomar a vacina porque não há estudos que comprovem a qualidade da resposta imunológica, ou seja, a proteção não é garantida. Por isso, os pais ou responsáveis devem levar aos postos de vacinação crianças que tenham entre seis meses e dois anos incompletos (um ano, 11 meses e 29 dias). As crianças nessa faixa etária deverão receber duas meias doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre as doses. Assim, os pais ou responsáveis devem procurar os postos de vacinação para completar o esquema vacinal.

Do mesmo modo que nos idosos, as infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas às crianças menores de dois anos, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dos casos.

Trabalhadores da Saúde

A imunização dos trabalhadores da área da saúde assegura o atendimento da população. É importante reforçar que a vacina não está disponível para todo e qualquer profissional de saúde, devendo ser priorizados aqueles que atuam no atendimento e investigação de casos de infecções respiratórias, uma vez que este grupo está sob potencial risco de se infectar com os vírus causadores da influenza.

Fontes: Agência Brasil e Agência Minas