O peixe é um dos símbolos mais antigos e significativos na cultura cristã. Na Semana Santa, ele tradicionalmente substitui a carne de vermelha e de aves, porém, deveria ser consumido com maior frequência, já que é um alimento rico em vitaminas, proteínas e gorduras que diminuem o LDL (colesterol ruim) e aumentam o HDL (colesterol bom).
A nutricionista da Fhemig, Ivânia Cátia Moutinho Ramos, afirma que os mineiros consomem pouco peixe e geralmente só se lembram de consumi-lo na época da semana santa. “O ideal seria comer peixe pelo menos duas vezes por semana, uma vez que este é um alimento mais fácil de ser digerido do que a carne”, ressalta Ivânia.
A nutricionista esclarece que o peixe possui proteína de alto valor biológico, além de sais minerais, cálcio (principalmente na sardinha), ferro, iodo, fósforo, cobre, magnésio e zinco. Já as vitaminas mais encontradas são: vitamina A, complexo B (B1 e B2) e vitamina D (dependendo da quantidade de gordura do peixe, sendo maior a quantidade na tainha e no atum).
Outra qualidade do peixe é a presença da gordura Ômega 3, que melhora todo perfil lipídico, faz bem para o coração e possui propriedades terapêuticas. Ivânia destaca que os peixes com maior quantidade de Ômega 3 são os de água profunda, como salmão, atum, bacalhau, arenque e a cavala.
Para se conseguir ter todos estes nutrientes, é importante que a escolha do alimento seja feita com bastante cautela. Para isso, é preciso observar os olhos do peixe, que devem ser salientes e brilhantes, a cor da carne tem que estar uniforme e sua coluna vertebral deve partir-se facilmente, mas sem soltar-se.
Além disso, é necessário observar a rigidez da carne, que tem que estar flexível, porém rígida. As escamas precisam estar bem aderidas e as guelras vermelhas e brilhantes. Mantidos no congelador, o peixe gordo pode ser conservado por até dois meses e o magro por até quatro meses.
Outro ponto muito importante é comprar o pescado em estabelecimentos especializados, como peixarias e/ou supermercados com estrutura adequada para comportar esse tipo de produto.
“O peixe é um alimento saboroso que pode ser feito assado, grelhado, cozido e frito, mas é importante ter cuidado e observar as condições suas microbiológicas, principalmente se for consumido cru. As mãos devem estar sempre limpas na hora de manipular o alimento. Se for comer fora, é importante escolher um local limpo e dar preferência sempre a locais bastante frenquentados”, alerta a nutricionista.
Também o preparo do Bacalhau (alimento mais consumido nesta época) preparo merece atenção. “O bacalhau é um peixe rico em Ômega 3, mas utiliza-se uma alta quantidade de sal para sua conservação, por isso é importante deixar o peixe de molho antes do preparo trocando a água e lavando por várias vezes”, orienta Ivânia.