Pimentel visita Sala de Situação Contra a Febre Amarela e reafirma empenho do Estado para conter avanço da doença

Foto: Veronica Manevy/Imprensa-MG

 

O governador Fernando Pimentel visitou, na quarta-feira (25/01), a Sala de Situação Contra a Febre Amarela de monitoramento e controle à doença em Minas Gerais para conhecer o espaço e as ações desenvolvidas. Pimentel aproveitou para reafirmar o compromisso e o empenho do Estado na luta contra o avanço da doença.

 


A Sala de Situação foi criada por meio de decreto que declarou situação de emergência em Saúde Pública Regional, com o objetivo de monitorar as ações administrativas e favorecer o uso de informações para a tomada de decisões, além de contribuir para a transparência acerca das ações desenvolvidas na área da saúde, em regiões com incidência da doença.

“Nós viemos ver como estão os trabalhos aqui e, de fato, tudo o que pode ser feito está sendo feito pelo Estado. Já disponibilizamos 2,6 milhões de doses de vacina, cerca de 800 mil já foram aplicadas. Nós estamos, hoje, com 48 leitos a mais, além dos 72 que já temos disponíveis para atender pacientes graves de febre amarela, e estamos reforçando as equipes de vacinação nos municípios com profissionais contratados pelo Estado. Então, a palavra que eu quero dar é de tranquilidade. O que pode ser feito está sendo feito. Eu acredito que, já até o final dessa semana, no começo da semana que vem, nós vamos ter um quadro de estabilização desse surto da doença e, a partir daí, os números, se Deus quiser, vão ser decrescentes”, afirmou o governador.

Acompanharam Pimentel os secretários de Estado de Saúde, Sávio Souza Cruz, e de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, e o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said. O grupo de trabalho, coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), é composto também por representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e das secretarias de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Entre suas funções, está auxiliar na elaboração de análises contextuais utilizadas na formulação de políticas e na avalição de intervenções específicas no campo da saúde.

O subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said, destacou o empenho e a organização do Governo para controlar o surto da doença. “O Governo tem trabalhado intensamente nas atividades do controle do surto da febre amarela em cinco grandes eixos de atuação. Temos o eixo da gestão, com o apoio do governador do Estado, para a implantação da Sala de Situação, elaboração de decreto e financiamento dessas atividades e o financiamento de apoio aos municípios envolvidos no surto. Também disponibilizamos as vacinas. Estamos com equipes de controle vetorial trabalhando nos municípios prioritários, organizando a rede de assistência e trabalhando com transparência, divulgando todos os dados com boletins diários da SES-MG disponíveis no nosso site. Uma grande importância dentro desse contexto foi reorganizar essas atividades dentro da Sala de Situação como uma estrutura de suporte, divulgação desses dados e replanejamento das atividades”, destacou Said.

Investimentos

Fernando Pimentel definiu como prioridade o investimento de R$ 26 milhões para ações de enfrentamento ao surto da doença nos municípios das unidades regionais de Saúde de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Os recursos também contemplam ações de Atenção Primária à Saúde.

Foram destinados R$ 11,6 milhões para apoiar e implementar ações de enfrentamento ao surto da doença nos municípios das unidades regionais de saúde de Coronel Fabriciano e Manhumirim. Do total, R$ 6,9 milhões são referentes à segunda parcela do cofinanciamento do programa de Atenção Primária à Saúde, com o objetivo de fortalecer as ações de atenção primária, sobretudo no que diz respeito à intensificação da vacinação contra a febre amarela e no suporte para as redes de atenção à saúde no atendimento dos casos suspeitos e confirmados de febres hemorrágicas e febre amarela.

Somam-se, ainda, os montantes de R$ 1,8 milhão - usado para a execução de ações de controle vetorial e de vigilância - e de R$ 2,9 milhões para aplicação em de ações de apoio de diagnóstico assistencial e laboratorial, assistência farmacêutica e qualificação da informação sobre a febre amarela na região.

Outros R$ 14,4 milhões foram destinados para apoiar e implementar ações de enfrentamento ao surto da doença nos municípios das unidades regionais de Saúde de Teófilo Otoni e Governador Valadares, pela SES. Do total, R$ 9 milhões estão destinados à segunda parcela do cofinanciamento do programa de Atenção Primária à Saúde. Destaque, ainda, para os R$ 2,2 milhões a serem alocados nas ações de controle vetorial e de vigilância e outros R$ 3,2 milhões para a realização de ações de apoio diagnóstico assistencial e laboratorial.

Ações do Estado

Imunização - Desde o dia 10 de janeiro, o Governo de Minas de Gerais já disponibilizou 2.603.800 doses da vacina para todo o estado, sendo 1.596.100 doses destinadas às quatro regiões prioritárias, onde já foi registrada a aplicação de 796.337 doses. Nessas regiões, o Estado viabilizou a contratação de mais de 100 profissionais para apoio aos municípios na vacinação, entre vacinadores e motoristas.

Sala de Situação - Criada por meio do decreto que declara situação de emergência em Saúde Pública Regional, a Sala de Situação tem monitorado os casos da doença no estado. Coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), é integrada pelo Gabinete Militar do Governador, representado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, e pelas secretarias de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

Decreto Nº20, de 12 de janeiro de 2017 - Declara Situação de Emergência em Saúde Pública Regional na área de abrangência das Unidades Regionais de Saúde de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni, e em razão de surto de Doenças Infecciosas Virais (Casos Prováveis de Febre Amarela). A medida permite a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial.

Força Nacional do SUS - O Ministério da Saúde enviou, nesta semana, uma equipe da Força Nacional do SUS para auxiliar no atendimento aos pacientes com suspeitas de febre amarela. São dez pessoas entre médicos, enfermeiros e assistentes, que estarão disponíveis para dar assistência aos casos da doença. Os profissionais somam esforços junto às equipes de vigilância do Ministério da Saúde que estão no estado desde o início do mês. As equipes da Força Nacional do SUS realizam orientações técnicas, ações de busca ativa e monitoramento de pacientes, atendimentos, liberação de medicamentos e apoio na reconstrução da rede de atenção à saúde local, dependendo do nível de resposta que a situação exija.

Helicóptero - A Polícia Civil de Minas Gerais disponibilizou um helicóptero que já levou cerca de 80 mil doses da vacina para os municípios de Diamantina e Pedra Azul, sendo 40 mil para cada cidade. Serão entregues ainda mais 500 mil doses da vacina, que serão distribuídas de carro e helicóptero para as regiões afetadas no estado.

Outras medidas

- Ampliação do número de leitos para atendimento aos pacientes da Região Prioritária (72 leitos autorizados e 48 leitos em negociação);

- Realização de ações educativas de mobilização social para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti em municípios infestados, visando evitar a reurbanização da febre amarela no Brasil;

- Apoio aos municípios na investigação dos casos e nas ações de mobilização, controle e vacinação;

- Ampliação da oferta de vacina aos viajantes não vacinados que se destinem à Área Com Recomendação de Vacina no Brasil (ACRV) ou para países com risco de transmissão, pelo menos 10 dias antes da viagem;

- Intensificação da vacinação em municípios que são de área com recomendação de vacina no estado, elevando assim as coberturas vacinais, com priorização das populações de áreas rurais e silvestres, principalmente para aqueles indivíduos com maior risco de exposição (população de área rural, silvestre, pessoas que fazem turismo ecológico ou rural, agricultores, extrativistas e outros que adentram áreas de mata ou silvestres);

- Notificação e investigação oportuna (até 24h) de todos os casos humanos suspeitos, incluindo aqueles de doenças febris ictéricas e/ou hemorrágicas, óbitos por causa desconhecida e mortes de primatas.

Fonte: Agência Minas

 

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