As atividades, com aulas teóricas e práticas, estão sendo realizadas no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), em Montes Claros.A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros priorizou a participação de profissionais de 11 municípios onde são notificados maior número de casos da doença: Janaúba, Francisco Sá, Capitão Enéas, Ninheira, Bocaiúva, Coração de Jesus, Curral de Dentro, Rubelita, Santa Cruz de Salinas, Montes Claros e Espinosa.
No ano de 2015 a SRS de Montes Claros notificou 88 casos de hanseníase. Neste ano, entre janeiro e maio, foram notificados 25 casos da doença.
“Esse é um passo imprescindível para consolidar e ampliar a descentralização da assistência ao portador de hanseníase e, dessa forma, esperamos melhorar a capacidade operacional dos serviços facilitando o acesso dos usuários e, consequente, redução das proporções de diagnóstico tardio. Isto contribuirá para o rompimento da cadeia de transmissão, alcançando assim a meta de eliminar a doença”, destaca Patrícia.
Por sua vez, a Supervisora Regional das Ações de Eliminação da Hanseníase, Damaris Soares do Carmo ressalta a importância do investimento na capacitação dos profissionais de saúde. “A doença é passível de tratamento e cura, porém a sua evolução sem acompanhamento médico pode possibilitar a ocorrência de incapacidades físicas e deformidades, gerando prejuízos econômicos, sociais e psicológicos. A ocorrência de casos de hanseníase pode contribuir para a manutenção do estigma e do preconceito relacionados à doença”, ressalta Damaris.
O curso está estruturado em dois módulos. O primeiro, presencial, terá 16 horas de duração. Já o segundo módulo terá 30 horas de duração e será ministrado à distância, no período de 20 de junho a 20 de novembro.
O primeiro módulo será ministrado pela médica da UFMG, Luiza Ignatowska, pela enfermeira Jazeilde Mendes, e pela fisioterapeuta Cláudia Cristina de Macedo. A tutoria do encontro estará a cargo de Gabriela de Cássia Ribeiro.
Ao final do primeiro módulo da capacitação, os profissionais deverão elaborar um plano de intervenção regional contemplando a definição de estratégias, ações e metas a serem implementadas a curto, médio e longo prazos.
Por Pedro Ricardo