A Unidade de Tratamento Intensivo – UTI do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII viveu momentos de muita emoção na tarde dessa quinta-feira, dia 11 de dezembro. Pelo menos por algumas horas o local, que é um dos pontos mais críticos já que atende casos considerados extremamente delicados, ficou cheio de alegria e demonstrações de carinho. Cerca de 30 pacientes que este ano foram assistidos pelos profissionais que trabalham na unidade, participaram da 6ª Festa dos Ex-pacientes da UTI. A coordenação foi da equipe de enfermagem e das secretárias da UTI e contou com apoio de outros profissionais da Fhemig e empresas parceiras que colaboraram com a decoração e a compra de comidas e bebidas.
Para a mãe de Marcela Augusto Freire Assis, de 9 anos, que teve que ficar internada 2 meses na UTI, o encontro foi especial. “ Cheguei aqui em desespero, mas a equipe me deu total segurança e me ajudou muitos nesses dias de angústia. Durante todo tratamento fui muito bem acolhida e vi o carinho que tiveram com minha filha”, declara Ivanete Aparecida Freire. O mesmo carinho saiu da boca de Andréa Cristina Magalhães, mãe de Pablo Malony Magalhães Rodrigues, de 15 anos e veio de Arcos, a 210 quilômetros de Belo Horizonte, depois de ser atropelado por um caminhão. “ Os dois meses que meu filho ficou internado percebi que ele foi tratado como se fosse filho deles. Além da qualidade no atendimento a dedicação e cuidado foram exemplares”, reforça Andréa. O drama de Carla Cristina Torres, de 26 anos, retrata bem o dia-a-dia na unidade. Ela conta que ficou sedada por 15 dias e o risco de morrer era muito grande. “Tive 11 fraturas além de um edema pulmonar após um grave acidente automobilístico”, revela emocionada. Para ela, a possibilidade que o hospital oferece de estender o acompanhamento da família é importante para quem está em tratamento “Da mais segurança e a gente se sente melhor”.
Durante a festa o reencontro emocionado entre profissionais, parentes e ex-pacientes era registrado com fotos além de bate-papos descontraídos sobre a recuperação depois de tanto tempo internado. O lugar onde diariamente a luta entra a vida e a morte é travada a todo segundo pôde, por alguns instantes, encher o hall de entrada da UTI com risadas, balões e histórias com finais felizes.