Por ser período de férias escolares, julho é um dos meses mais procurados pelos turistas. Porém, antes e durante a viagem é preciso tomar alguns cuidados para não ter que trocar a estadia em um hotel, por um hospital.
Márcia Regina Cortez, Diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, recomenda às pessoas a se imunizarem antes de viajar. “É fundamental avaliar o cartão de vacina, de acordo com a faixa etária. Para isso, o ideal é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para verificar e atualizar as doses necessárias, de acordo com o destino. Todas as vacinas em atraso devem ser tomadas, com destaque para a febre amarela, tétano, hepatite B, sarampo, rubéola e poliomielite”, explica. Entretanto, ela ressalta que para uma maior segurança, é importante que as doses sejam tomadas com o mínimo de dez dias de antecedência.
Algumas doenças que não comuns no Brasil, podem ser em outros países. Neste caso, de acordo com a Diretora, o ideal é entrar em contato com a embaixada ou a agência de turismo que vendeu o pacote para saber sobre a exigência destas vacinas e as orientações de como obtê-las. Muitos lugares no exterior exigem, inclusive, que brasileiros apresentem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), comprovando a imunização contra a febre amarela sob risco de ter a entrada negada no país.
Segundo Márcia, outro cuidado importante é realizar uma avaliação de saúde com profissionais habilitados. Recomenda-se não viajar doente ou com a suspeita de alguma doença, uma vez que aumentam-se as chances de complicações. É indicado, também, levar na bagagem de mão medicações contra dor de cabeça, alergias imprevistas ou aquelas de uso regular no controle de doenças pré-existentes (hipertensão, diabetes, asma, entre outras) prescritas pelo médico. No entanto, é bom ficar atento quanto ao surgimento de sintomas como febre, dor no corpo e dor de cabeça. No caso da manifestação de algum destes indícios, o recomendado é procurar uma unidade de saúde.
Medida eficiente A imunização tem sido uma das principais armas na prevenção e erradicação de doenças no mundo. O sistema ativo das vacinas, de maneira geral, se dá através da administração de vírus ou bactérias inativas, que ao serem introduzidas no corpo humano provocam uma reação no sistema imunológico produzindo anticorpos contra aquela substância. Desta forma, o sistema de defesa fica preparado no caso de alguma infecção por parte daquele agente patogênico e passa a agir com maior rapidez e força, fazendo com que a doença não progrida, ou em alguns casos, se desenvolva de forma mais branda.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a eliminação da varíola no mundo é resultado de extensas campanhas de vacinação. De acordo com especialistas, as próximas enfermidades a desaparecerem serão a poliomielite (paralisia infantil), o sarampo e a rubéola. Entretanto, o Brasil possui a certificação da OMS de erradicação da paralisia infantil desde 1994.
AlimentaçãoOutro fator relevante a ser verificado é em relação ao que se come. Uma alimentação inadequada ou, com problemas de higienização e armazenamento tende a causar diarréia e vômitos.
A dica para evitar esse contratempo é sempre consumir água mineral envasada ou bebidas industrializadas, lavar bem as mãos com água e sabão antes das refeições e após espirrar, tossir ou usar o banheiro. Verificar a procedência dos alimentos e não cometer exageros, principalmente com pratos muito gordurosos e com excesso de tempero local, é essencial.
Quem pretende viajar para ao exterior, com destaque para os países da Europa, Estados Unidos e Canadá, não deve comer alimentos crus, em especial vegetais e produtos de origem animal. O alerta decorre depois que centenas de pessoas foram infectadas, principalmente na Alemanha, pela bactéria Escherichia coli (E.coli).
Informações sobre o calendário de vacinação podem ser encontradas no
Programa Nacional de Imunizações (PNI).