Os novos equipamentos imprimem, ainda, etiquetas com código de barras bidimensional que garante a rastreabilidade dos medicamentos. Essa atividade era feita manualmente até outubro de 2009, quando o Hospital Galba Velloso (HGV), do Complexo de Saúde Mental, instalou o primeiro equipamento que atende unidades assistenciais na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
"A parte manual do trabalho é colocar o medicamento na máquina. Havia uma dificuldade de recursos humanos para realizar essa tarefa, tendo em vista que a Rede tem uma demanda grande - mais de três mil leitos e, portanto, um grande volume de medicamentos para ser fracionados", explica Tânia Azevedo Anacleto da Supervisão de Assistência Farmacêutica da Diretoria Assistencial da Fhemig.
Segundo Tânia Azevedo, o fracionamento desses medicamentos é necessário para permitir a entrega de forma individualizada, para cada paciente, e por horário de administração.
Dessa forma, o processo de dispensação e administração dos medicamentos fica mais seguro com a identificação adequada.
Para o diretor hospitalar do HGV, Daniel Freitas, esse investimento significa um marco para a assistência farmacêutica e de enfermagem na Fhemig. "Além disso, esse investimento vai colaborar para a redução de doenças do trabalho devido menor produção de serviços repetitivos, e também é oportunidade para as unidades assistenciais atuarem em rede", afirma.
As outras máquinas devem entrar em funcionamento no Hospital Júlia Kubitschek (HJK) e João XXIII. A expectativa é para que, em breve, a Fundação tenha condições de rastrear os lotes e listar os medicamentos que foram administrados aos pacientes.
Isso será possível com a implementação do Sistema de Gestão Integrada Hospitalar (SIGH) já em andamento no Instituto Raul Soares, Hospital Maria Amélia Lins e Hospital Infantil João Paulo II.
A principal vantagem do fracionamento do medicamento é a segurança na administração da medicação aos pacientes em tratamento. Além disso, reduz o tempo de enfermagem dedicado à preparação da medicação e os riscos de contaminação do medicamento.
O processo de individualização obedece à resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nº 67/07, que define as condições técnicas e operacionais necessárias ao fracionamento.
De acordo com a Supervisora de Assistência Farmacêutica, Hessem Miranda Neiva, as embalagens utilizadas pela Fhemig protegem os fármacos fotossensíveis e da umidade do ambiente.