Nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro,serão realizadas diversas atividades para orientar a população sobre uma doença milenar, a hanseníase. Os primeiros registros de pessoas infectadas com o bacilo de Hansen datam de 600 anos antes de Cristo. As Casas de Saúde Santa Isabel (CSSI), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e São Francisco de Assis (CSSFA), em Bambui, no centro-oeste do Estado, realizam seminário além de distribuição de panfletos educativos e apresentações culturais e esportivas.
O evento marca o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase, lembrado sempre no último domingo de janeiro. Na CSSFA as atividades estarão concentradas na praça Central da cidade de 9 às 16 horas.
Uma blitz educativa também foi programada pela equipe do Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP) da unidade com apoio da Secretaria Municipal de Bambui. O evento reforça a unidade em atuar em consonância com a política estadual, cumprindo o papel de ser referência no tratamento da hanseníase no Município e na Região, motivo pelo qual realiza, anualmente, atividades educativas voltadas à toda população do município de Bambui.
Em Betim, a Casa de Saúde Santa Isabel, programou três dias para marcar o tradicional 17º Concerto contra o Preconceito - Hanseníase tem cura, preconceito também. O seminário “Enfrentamento da hanseníase em Betim: Uma realidade” abre o evento, a partir das 8 horas, no Centro Popular de Cultura Roberto Pereira, “Betão”, o auditório do Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP) da unidade. No mesmo dia estão programadas apresentações gratuitas, na Praça da Matriz, de teatro e grupos musicais.
No sábado o evento abre com o lançamento do Inventário Participativo do Patrimônio Cultural da Regional de Citrolândia, no Cine Teatro, a partir das 17 horas. A programação cultural começa às 19 horas na Praça da Matriz. No domingo, Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase, a abertura será às 13 horas, no CPC Betão, e prossegue durante a tarde e noite com shows na Praça da Matriz. As apresentações musicais reforçam o slogan deste ano, “Tocar para apagar as marcas. Até as mais profundas.”
A hanseníase não é difícil de ser detectada. A causa é o bacilo mycobacterium leprae, transmitido pelo ar através de um convívio direto, prolongado e contínuo com o portador do bacilo que não esteja em tratamento. O medicamento é distribuído, gratuitamente, nos postos de saúde, hospitais especializados e consultórios credenciados pelo SUS.
Os principais sintomas são: manchas brancas ou avermelhadas dormentes no corpo; dor nos nervos dos braços, mãos, pernas ou pés; partes do corpo com formigamento ou dormência. A ausência de dor em casos de queimaduras ou cortes nos braços, nas mãos, nas pernas e nos pés pode ser considerada fator determinante da doença.