Abílio Barreto mostra trajetória da Reforma Psiquiátrica Brasileira
Aparelho de eletrochoque está entre as peças em exposição
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) está na agenda cultural da capital com a exposição “Nos Porões da Razão, em Nome da Loucura”, sediada no Museu Histórico Abílio Barreto. Instalada no âmbito dos 30 anos da Reforma Psiquiátrica Brasileira, a mostra registra momentos marcantes da trajetória dessa reforma no país, com ênfase em Belo Horizonte e Minas Gerais. A exposição permanece aberta até fevereiro de 2010 e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, e nas quintas-feiras, das 10h às 21h. A mostra é uma iniciativa da Fhemig e conta com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, Fundação Municipal de Cultura e do museu.
Mostra
Plotagens de jornais da época, fotografias, documentos e objetos do Museu da Loucura contam a história da assistência psiquiátrica no Brasil, revelando a crueldade das condições de vida e tratamento a que eram submetidos os pacientes em manicômios, enquanto outros documentos registram os avanços alcançados no processo de transformação promovido pela reforma psiquiátrica. “Revisitados pela razão, os porões de outrora mostram-se agora inseridos no tecido social segundo nova ordem civilizatória”, afirma o curador da exposição, Augusto Nunes Filho, diretor do Complexo de Saúde Mental da Fhemig.
Ao abrigar a mostra com tema tão instigante, o Abílio Barreto consolida-se como museu da cidade, atento não somente à história oficial, mas envolvendo as diversas histórias que compõem a urbanidade. Segue, assim, tendência hegemônica da historiografia atual, que propõe novas formas de interrogar a realidade, ao revelar antigos e novos contornos de temas que perpassam o cotidiano. Os visitantes terão a oportunidade de refletir sobre a história e o tratamento à loucura em nossa sociedade, particularmente em Belo Horizonte, cidade que é sede do marco zero da reforma psiquiátrica no Brasil.
Alcova
Em um dos cômodos do casarão, a alcova, foram instaladas peças provocativas do artista plástico Mazzilli, manifestações artísticas contemporâneas que instigam o diálogo com essa temática, explorando o universo da segregação da mulher. Em outro cômodo, painel do artista Marcelo Xavier ambienta espaço reservado à brinquedoteca, onde serão realizadas atividades educativas com turmas escolares.
Serviço:
Data: até 21/02
Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, e nas quintas-feiras, das 10h às 21h
Onde: Museu Histórico Abílio Barreto - Prudente de Morais, 202, no bairro Cidade Jardim
Observações: Entrada franca
Mais informações: (31)3277-8573
Fonte: Assessoria de Comunicação do Museu Histórico Abílio Barreto
Mais:
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