Médicos mostram as muitas vantagens da amamentação
Amamentar: saúde para o bebê e benefícios para a mãe
Tranquilidade, liberação de hormônios que elevam a auto-estima, bem-estar e prevenção de doenças como anemia, câncer de mama e de ovários. São alguns dos muitos benefícios da amamentação que, além de ajudar na preservação da saúde do bebê, também traz inúmeros benefícios para a mãe que amamenta. Do ponto de vista físico, a amamentação também é benéfica, como ensina a Obstetra e gerente da maternidade do Hospital Júlia Kubitschek, Maria do Rosário.
Ela explica que durante o puerpério - a fase do pós parto - ocorre a liberação de ocitocina, hormônio que contribui para contração e involução uterina, com redução do risco de sangramento excessivo, anemia e mortalidade materna. Além disso, de acordo com a Associação Brasileira de Câncer, a amamentação é considerada como fator de proteção contra o câncer de ovário.
Para a nutricionista Mariana Casagrande, da Maternidade Odete Valadares, como amamentar gasta muita energia, as reservas de gordura acumuladas durante a gravidez podem ser utilizadas para a produção do leite, fazendo com que a mãe retorne mais rapidamente ao seu peso habitual. "Vale lembrar que a mãe deve manter uma alimentação saudável, ou seja, completa, variada, colorida, rica em frutas e verduras e com bastante líquidos durante todo o período da amamentação, não sendo indicada a restrição de alimentos sem acompanhamento individual", ressalta Marina.
A mastologista do Hospital Alberto Cavalcanti, Cláudia Maria Avelar e Silva, também diz que a amamentação é um fator de proteção e prevenção para a mãe. Ela explica que, em decorrência de um amadurecimento precoce do tecido mamário, a amamentação contribui para a prevenção do câncer de mama em mulheres jovens.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, dos 235 mil novos casos de câncer estimados para o sexo feminino neste ano, 49 mil são de câncer de mama, sendo que este tipo de tumor foi o que mais aumentou entre as mulheres nos últimos anos. Só em 2006, 10.950 brasileiras morreram devido à doença, segundo apuração do Ministério da Saúde.