Evite mergulhar em locais desconhecidos
Foto: Aida Sousa
O mergulho em águas rasas é a 4ª maior causa de lesão medular no país. No verão, torna-se a segunda. A imprudência dos banhistas leva ao aumento dos casos e da gravidade de traumas na coluna cervical por mergulho em águas rasas.
O neurocirurgião José Augusto Malheiros, especialista em cirurgia espinhal, adverte que acidentes desta natureza quando não são fatais, deixam sequelas muito graves e irreversíveis que comprometem a autonomia e qualidade de vida dos pacientes. Grande parte desses acidentes ocorre quando se pula de cabeça. Dependendo da posição da queda pode se quebrar o pescoço ou fraturar a coluna cervical, se a pessoa bater a cabeça com impacto direto no pescoço. Dependendo do nível da fratura, pode haver comprometimento da respiração e até a morte.
Casos extremos
Nos casos mais extremos, se a lesão for muito alta, o paciente pode perder a capacidade de respirar espontaneamente e tornar-se dependente de respiração artificial, não podendo mais viver sem portar um respirador. Nestes casos, ocorre uma drástica redução da expectativa de vida dos acidentados, já que por falta de movimentos, há risco de terem outras complicações, como embolia e trombose por falta de movimentos.
Dicas de prevenção:
-Não mergulhe em locais desconhecidos
-É preciso saber a profundidade do local em que se vai nadar
-Entre primeiro no local, sem mergulhar
-Evite brincar de empurrar pessoas para dentro de lagos, poços, cachoeira ou mar
-Não entre na água após consumir álcool ou drogas