Uma morte a cada 11 minutos no trânsito brasileiro

Foto: Juliana Vallim
Foto: Juliana Vallim

A cada 11 minutos, uma pessoa perde a vida em acidente de trânsito no Brasil e 60 por cento das mortes são por traumas  neurológicos. Para cada vítima fatal, outras 3 ficam com sequelas. A violência do trânsito reflete diretamente nos serviços médicos de urgência e emergência, como é o caso do Hospital de Pronto Socorro João XXIII, da Rede Fhemig. Este foi um dos temas abordados durante o 1º Simpósio de Traumatologia, que se encerrou neste final de semana (foto).

 

A unidade, atende por dia, em média, 500  casos, sendo  40 por cento referentes a traumas neurológicos. Estes números foram apresentados no primeiro Simpósio de Neutraumatologia, que aconteceu no auditório da Faculdade de Ciências Médicas, em Belo Horizonte. O evento foi promovido pela equipe de Neurocirurgia do João XXIII.

 

O Chefe da Neurocirurgia  do João XXIII, Rodrigo Faleiro, coordenador do Simpósio, afirmou que o consumo abusivo de álcool, aliado a carros cada vez mais velozes, e a imprudência dos motoristas formam uma combinação explosiva no trânsito - com uma carga pesada de sofrimento para as vítimas e familiares e custo altíssimo para os sistemas público de saúde e de previdência.

O neurocirurgião ressalta que, tão importante quanto dispor de aparelhos de última  geração e profissionais em número suficiente para atender às vítimas de traumas, é a prevenção. Neste sentido, ele chama a atenção para a importância da adoção da Lei Seca e a fiscalização do cumprimento dela.

Outro especialista na área, o neurocirurgião Marcelo Chioto, da Universidade Federal de Uberlândia, afirmou que os traumas cranianos, hoje, são como fantasmas que rondam, sobretudo a vida da população jovem que mais se envolve em acidentes de trânsito e agressões. Ele também aposta na prevenção como a melhor alternativa para reverter a situação.