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Última atualização em Quinta, 28 Abril 2011 16:34
O Hospital Alberto Cavalcanti (HAC) é uma das poucas instituições públicas, no Estado, a contar com especialista em cirurgia de cabeça e pescoço nos casos de câncer. São nestas regiões que se manifestam os cânceres de nariz, boca, garganta, faringe, pele, glândulas salivares e tireoides. Os mais frequentes são os de boca, provocados principalmente pelo cigarro e bebidas alcoólicas, e os de pele, devido aos excessos de sol.
Mensalmente, 12 pacientes com algum tipo de câncer localizado na região da cabeça ou do pescoço são submetidos à cirurgia no HAC, que conta com dois cirurgiões. Segundo o especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, Gustavo Meyer, as cirurgias são altamente complexas e podem durar até sete horas. Cada procedimento exige uma equipe multidisciplinar para garantir o sucesso da intervenção.
Demanda crescente
Meyer alerta para a carência de cirurgiões em todo o País: "Há crescente demanda para este tipo de atendimento tanto na rede pública, quanto na privada. Mas, em todo o Brasil, são apenas cerca de 500 profissionais habilitados para realizar as cirurgias de câncer maligno na região da cabeça e pescoço. Enquanto seriam necessários dois mil cirurgiões".
Além disso, o cirurgião chama a atenção para a escassez na formação de novos profissionais. Ele coordena a única Residência Médica em Cirurgia Cabeça e Pescoço, oferecida pelo Hospital das Clínicas, que responde pela formação de um médico especialista por ano.