Centro Mineiro de Toxicomania atende cerca de 300 usuários de drogas por mês

fachada-cmt
Foto: Divulgação Fhemig
Cerca de 1/3 dos usuários que estão em tratamento hoje no CMT são moradores de rua, alcoolistas e usuários de crack

Belo Horizonte agora conta com três CERSAM AD: Pampulha, Barreiro e o Centro Mineiro de Toxicomania (CMT), da Rede Fhemig. O CMT atende uma média de 300 usuários de álcool e drogas de Belo Horizonte e de outros municípios do Estado de Minas Gerais. A unidade, que completa 30 anos de funcionamento em agosto de 2013, atende a população da capital em regime de permanência dia, como preconizado pela Política Nacional de Atenção Integral ao usuário de álcool e outras drogas, do Ministério da Saúde.

 

A abertura, no dia 22/04, do Centro de Referência em Saúde Mental para usuários de álcool e drogas (CERSAM AD) Barreiro, da Prefeitura de Belo Horizonte, vai redistribuir a assistência aos usuários da Capital e é muito bem vindo, como comenta a diretora do CMT: “Belo Horizonte é uma grande metrópole e como toda cidade grande tem muitos problemas relacionados com o uso abusivo de álcool e drogas. Cabe ao setor público oferecer à população a possibilidade de procurar tratamento quando precisar e de ser atendida por equipes multiprofissionais, como orienta o Ministério da Saúde”, explica Raquel.

 

Tratamento multidisciplinar

De acordo com a diretora do CMT, Raquel Martins, nas toxicomanias não existem soluções rápidas: “Não há medicamentos mágicos para mudar o comportamento das pessoas. É preciso empenho, profissionalismo, solidariedade, equipes capacitadas e multidisciplinares, e muito trabalho!”, enfatiza. No ano de 2012, foram atendidos 420 usuários de álcool (37,94%); 394 usuários de crack (35,59%); 152 usuários de cocaína (13,73%); 116 usuários de maconha (10,48%) e 25 de outras drogas (2,26%). Cerca de 92% destas pessoas são de Belo Horizonte e 8% de outros municípios do Estado.

Os usuários procuram ajuda espontaneamente, são levados por familiares ou referenciados por outros serviços como centros de saúde, hospitais e programas da Prefeitura de Belo Horizonte e municípios vizinhos (Santa Luzia, Sabará, Vespasiano, entre outros).

Crack

Segundo a diretora, 1/3 dos usuários que estão em tratamento hoje no CMT são moradores de rua, alcoolistas e usuários de crack. “Desde 1997 atendemos usuários de crack. O vício mudou o perfil dos moradores de rua, e hoje temos pessoas que têm família, casa, e estão na rua pela característica do uso da droga”, explica a diretora.

O tratamento das toxicomanias, segundo evidências internacionais, tem uma duração aproximada de dois anos. Um dos pontos fundamentais do tratamento é a necessidade de o usuário estar disposto a mudar o seu comportamento, caracterizado pelo uso abusivo de drogas. O tratamento vai dar suporte medicamentoso e terapêutico para essa pessoa.