Tratamento multidisciplinar
De acordo com a diretora do CMT, Raquel Martins, nas toxicomanias não existem soluções rápidas: “Não há medicamentos mágicos para mudar o comportamento das pessoas. É preciso empenho, profissionalismo, solidariedade, equipes capacitadas e multidisciplinares, e muito trabalho!”, enfatiza. No ano de 2012, foram atendidos 420 usuários de álcool (37,94%); 394 usuários de crack (35,59%); 152 usuários de cocaína (13,73%); 116 usuários de maconha (10,48%) e 25 de outras drogas (2,26%). Cerca de 92% destas pessoas são de Belo Horizonte e 8% de outros municípios do Estado.
Os usuários procuram ajuda espontaneamente, são levados por familiares ou referenciados por outros serviços como centros de saúde, hospitais e programas da Prefeitura de Belo Horizonte e municípios vizinhos (Santa Luzia, Sabará, Vespasiano, entre outros).
Crack
Segundo a diretora, 1/3 dos usuários que estão em tratamento hoje no CMT são moradores de rua, alcoolistas e usuários de crack. “Desde 1997 atendemos usuários de crack. O vício mudou o perfil dos moradores de rua, e hoje temos pessoas que têm família, casa, e estão na rua pela característica do uso da droga”, explica a diretora.
O tratamento das toxicomanias, segundo evidências internacionais, tem uma duração aproximada de dois anos. Um dos pontos fundamentais do tratamento é a necessidade de o usuário estar disposto a mudar o seu comportamento, caracterizado pelo uso abusivo de drogas. O tratamento vai dar suporte medicamentoso e terapêutico para essa pessoa.