Projeto piloto de redução de riscos é implementado na Fhemig

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Foto: Alexandra Marques
Walter Mendes, da Fiocruz, explica sobre os projetos pilotos no HJK e no HAC


Nos dias 27 e 28, os participantes do Projeto EPEAH (Estudo de Prevalência de Eventos Adversos em Hospitais do Brasil) dos hospitais Alberto Cavalcanti (HAC) e Júlia Kubitschek (HJK), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), participaram da oficina de implantação do projeto piloto que visa reduzir as complicações indesejadas, resultantes do cuidado prestado aos pacientes internados em hospitais.



A segurança do paciente é um tema que tem despertado a atenção de diversas instituições ligadas à área da saúde, em todo o mundo. Nesse contexto, a Fhemig busca manter-se em sintonia com as práticas que possam maximizar a qualidade do atendimento aos usuários dos seus serviços. Desse modo, a participação da Fundação no projeto piloto desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) adquire uma dupla relevância, não somente ao capacitar seus profissionais, mas também ao investir na melhoria da segurança dos usuários.

Após a atual fase de levantamento do perfil (rastreamento) do HAC e HJK e da discussão em torno da proposta de trabalho, serão feitas adaptações, decorrentes das questões levantadas pelos hospitais participantes dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Concluída esta etapa, o método será disponibilizado para a utilização em todos os hospitais do país, a partir do site da Fiocruz e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Visão panorâmica

A OMS destaca-se como a principal articuladora do debate em torno da segurança do paciente, mantendo-se atenta às práticas realizadas nos diversos países. Desse modo, a pesquisa sobre a prevalência de eventos adversos em hospitais do Brasil, realizada pela equipe da Fiocruz, em 2007, motivou o convite da OMS para que a Fiocruz avaliasse o método adotado pela própria OMS e o adaptasse à prática brasileira, assim, surgiu o projeto piloto propriamente dito. 

Segundo o professor e pesquisador do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, Walter Mendes, em cerca de 10% das internações no mundo, os pacientes têm complicações que não deveriam ocorrer, pois não estão relacionadas com a evolução da doença de base. Daí a importância do projeto em desenvolvimento, uma vez que os hospitais envolvidos vão apurar o que acontece em seu espaço e qual a magnitude dos problemas, com o objetivo de investir nas melhorias necessárias, minimizando-se os riscos.

Motivada pelo debate, a diretora do Hospital Alberto Cavalcanti, Dalze Lohner Maia, salienta que “o estudo vai nos orientar para as áreas onde estamos mais carentes de ação, com implicações diretas para a melhoria do atendimento aos pacientes”. Do mesmo modo, o coordenador da Clínica Médica do Hospital Júlia Kubitschek, Ricardo Cipriano, lembra que a implantação do projeto terá, dentre outros aspectos, a diminuição do tempo de permanência do doente no hospital”. Ao sintetizar a contribuição do projeto piloto, a assessora da Diretoria Assistencial da Fhemig, Adriana Magalhães ressalta que o estudo vai mapear as necessidades em segurança hospitalar e permitir o aprimoramento da prática cotidiana de atenção ao paciente”.

Para mais informações, acesse:
http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home
http://proqualis.net/
http://new.paho.org/bra/