Medidas simples ajudam a prevenir a influenza no inverno

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Foto: André Brant

No inverno, com o ar mais seco, as doenças respiratórias - principalmente entre idosos e crianças, se tornam mais comuns. Com as baixas temperaturas, muitas pessoas tendem a fechar as janelas das residências, locais de trabalho e transportes coletivos, onde diariamente circulam muitas pessoas, facilitando a proliferação de vírus e bactérias, como o da influenza (gripe).

 

De acordo com a Diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Márcia Regina Cortez, em média a gripe dura sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas. "Os principais sintomas da gripe são a febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta, junto com dor de cabeça ou muscular. Já em menores de seis meses de idade, as ocorrências mais comuns são a febre repentina e problemas respiratórios", explicou.

Em alguns casos a gripe pode evoluir com complicações respiratórias, em que as principais características são a falta de ar, febre muito alta e queda da pressão arterial. Em crianças, deve-se também observar a cianose (coloração azulada ou roxa que aparece na boca, na pele ou unhas), desidratação e falta de apetite.

Segundo Márcia, medidas simples como, proteger as vias aéreas quando for espirar ou tossir, utilizar lenços descartáveis para a higienização nasal, manter a higiene corporal, principalmente das mãos, que é onde se concentram um grande número de germes, ajuda a prevenir a doença. "Quanto aos grupos prioritários como, gestantes, idosos, trabalhadores de saúde, indígenas e as crianças menores de dois anos, devem tomar a vacina contra a influenza anualmente, exceto se tiverem alguma restrição a algum componente e tiverem tido reações adversas em doses anteriores", alerta.

 

Cuidado nas férias

Como forma de evitar a gripe e outras doenças no período das férias escolares, que se inicia agora no segundo semestre de julho, é preciso tomar alguns cuidados para não ter que trocar a estadia em um hotel por um hospital.

É fundamental verificar e atualizar o cartão de vacina de acordo com o calendário vacinal para as crianças, adolescentes e adultos; realizar uma avaliação médica com profissionais habilitados e não viajar doente. É necessário também que as empresas aéreas, de ônibus de viagem, rede hoteleira, entre outros locais que concentram um grande número de pessoas em ambientes fechados, adotem medidas de higiene. Outro fator relevante a ser verificado é com relação ao que se come. Uma alimentação inadequada ou com problemas de higienização e armazenamento tendem a causar diarreias e vômitos.

Influenza

Popularmente conhecida como gripe, a influenza é uma doença historicamente antiga que provoca epidemias todos os anos e pandemias com intervalos regulares.

O vírus Influenza A (H1N1) foi identificado em 2009. Em agosto de 2010, após evidência epidemiológica, a Organização Mundial de Saúde declarou a pandemia como encerrada. "Desde agosto de 2010 vivemos a fase pós-pandêmica do vírus da influenza A/ H1N1. No entanto, o vírus continua a circular no mundo com diferente intensidade em vários países e passou a ser considerado como mais um vírus de circulação sazonal. O monitoramento e as ações preventivas continuam em razão da sua circulação junto a outros vírus sazonais. A partir de 2010, passaram a ser notificados apenas os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) dos hospitalizados. O surgimento de novos vírus de influenza continuará a apresentar um desafio para a Saúde Pública", finalizou a Diretora de Vigilância Epidemiológica da SES-MG.

No Brasil, atualmente há a circulação de três tipos de vírus influenza: Influenza A/ H1N1, Influenza A/ H3N2 e Influenza B.


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Autor: Fernanda Toussaint

Foto: André Brant