Termina nesta sexta-feira (6.07) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Minas Gerais já imunizou 89,80% das crianças de 0 a 5 anos de idade, num total de 1.153.649 vacinas aplicadas. A cobertura já está próxima da meta prevista, de imunizar, até o último dia da campanha, 95% dos jovens mineiros. Para tanto, Minas conta com o trabalho dos cerca de 26.500 profissionais nos mais de 7.280 postos fixos e volantes que foram disponibilizados pelo Estado.
Alguns municípios mineiros já ultrapassam a meta estabelecida. As cidades de Bonfim, Mateus Leme, Caranaíba, Coronel Murta, Bias Fortes, Cambuquira, Paineiras, Formiga, Ipaba e Prados, por exemplo, já chegam a 100% de cobertura da vacina, em menos de um mês de campanha.
Entretanto, alguns municípios precisam mobilizar ainda mais a população para alcançarem a meta. É o caso de cidades que registram cobertura abaixo de 70%, como Joaquim Felício (62,63%), Igaratinga (64,51%), Córrego do Bom Jesus (65,54%), Garambeu (67,10%) e Itamarandiba (67,82%). No Brasil, mais de 12 milhões de crianças já tomaram as gotinhas contra a pólio. Os dados, parciais, são do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI).
Para agosto deste ano, o Ministério da Saúde já confirmou nova campanha para manutenção das vacinas, seguindo o calendário básico de vacinação da criança. As crianças que nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil poderão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a dose de reforço (aos 15 meses) e as demais doses de campanha continuam via oral.
A poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral que atinge principalmente as crianças. Sua transmissão se dá através do contato direto com pessoas infectadas, pela via fecal-oral ou, secundariamente, por meio de gotas de secreção expelidas pelo doente ao falar, tossir ou espirrar. De acordo com a coordenadora de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Tânia Brant, as más condições de saneamento, higiene pessoal e o elevado número de crianças numa mesma casa favorecem a disseminação da doença.
“A maior parte das infecções apresentam poucos sintomas (forma subclínica) ou se assemelham com a aparência de outras doenças virais como a gripe (febre e dor de garganta) ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarreia. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que se manifesta nos membros inferiores”, explicou.
O Programa Nacional de Vacinação contra a Poliomielite foi implantado no país em junho de 1980, e em 1989 o estado da Paraíba, na região Nordeste, registrou o último caso da doença no Brasil. Já em 1994, 14 anos após a implantação desse programa de imunização o país recebeu a certificação do bloqueio da transmissão do vírus da poliomielite. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a vacina oral contra o vírus é a única maneira de erradicar a doença.
Fonte: Agência Minas